Nestes tempos que correm, a apetência por cozinhar coisas novas tem tocado o coração de muita e boa gente por Portugal...
Novos restaurantes e tendencias, a medo, vão aparecendo e novos talentos arriscam-se a apresentar nos seus restaurantes, coisas novas, mesmo sabendo que a maioria tem medo de experimentar... Coragem e ... boa tesouraria....
Os paladares são algo muito intimo e pertencem a cada um. Gostos não se discutem. Mas podem analisar-se os sabores e paladares.
No Fialho, em Évora, come-se divinamente a nossa boa comida alentejana. Já mencionado no Gault Milau, este espaço é uma referencia dos nossos paladares. Simples, mas nem por isso pouco complexos, não senhor. Para se chegar àquela perfeição necessitam-se de ter como apoio, várias gerações de experiencias. E assim é.
Mas se me disserem que é apresentado como todo o esmero como uma obra de arte, não sei dizer. Ou até sei, mas não digo, porque gostos não se discutem. Mas que sabe bem, sabe. E isso é o mais importante. À apresentação, lá iremos.
Se não, vejamos...
A cozinha francesa, até chegar a corte dos Medici e mais além, era a cozinha regional, boa, como a nossa. A corte e os seus cozinheiros deram-lhe a minúcia de obra de arte aprazível à vista sem alterar os sabores.
A nossa cozinha regional continua boa e recomenda-se, mas não é fácil de encontrá-la nos nossos restaurantes.
Por favor, pesquisem nomes e receitas de dois Chefs que recomendo: Eckart Witzigman e Dieter Müller, com quem já trabalhei directamente: A simplicidade, mas complexa, do tratamento das receitas tradicionais colocando-as ao nível do melhor que se pode apresentar. Bonito e bom.
É que estou um pouco fatigado dos filetes de pescada com arroz e batata frita e a vitela estufada e o bitoque e do cozido à portuguesa e etc... da maneira como são feitos em todo o lado. Todos os menús numa região parecem iguais uns aos outros. É chato...
Para os Chefs inovarem, é necessário que as pessoas abram um pouco os seus horizontes do paladar...
Pode ser?
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